Quando Vidas se Tornam Formas: Diálogo com o Futuro - Brasil/Japão
A minha primeira impressão foi a de que faltava propósito a tudo aquilo. É claro que estamos no ano do centenário da imigração japonesa e bla bla etc e tal. O que seriam, então, aqueles amontoados de plantas na primeira sala? Arte contemporânea? Vá lá... Isso só não pode ser desculpa pra achar relações onde nem existem.
Felizmente, ao fim da exposição a falta de propósito até foi suprida, mas ainda assim de maneira difusa, vaga.
Como pude ler em off (não, isso não existe), a exposição tenta mostrar as interfaces entre a arte moderna, pós-moderna e/ou contemperânea aqui do Brasil e do outro lado do mundo. Isso por vezes é até alcançado: a arte d'osgêmeos (onipresentes) lembra a toy art; o look da Isabela Capeto tem reminescências em Tóquio — até porque as "reminescências de Tóquio são a moda global.
O problema talvez tenha sido a disposição das obras e instalações — que jargão mais eng. civil. O caminho era confuso e por vezes não levava o espectador a imaginar os estreitamentos existentes entre o que se faz lá e o que se faz cá. Isso, de maneira alguma, joga a exposição no lixo. Algumas instalações são bem interessantes, como aquela que diz que "Pode causar vertigem", ou a colagem (se não for colagem, me perdoem) da Beatriz Milhazes.
Assim, fica a dica (não imperativa): vá. Comece pela sala 2 e passe pela sala 1.
* Mais fotos no flickr que agora há pouco resolveu não abrir.
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