tag:blogger.com,1999:blog-2795753854424383382024-03-13T02:37:50.643-07:00arrufos e tamboresdiscussões de quem se quer bemFelipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-4635806601085680742009-08-17T03:48:00.000-07:002009-08-17T03:56:18.078-07:00As paisagens perenes de Burle Marx e Villa-Lobos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm1.static.flickr.com/119/267260428_175a7fb9db_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 500px; height: 328px;" src="http://farm1.static.flickr.com/119/267260428_175a7fb9db_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br />As efemérides são datas especiais que, em princípio, servem para marcar fatos importantes da história. Etimologicamente, efeméride relaciona-se a efêmero, isto é, algo passageiro, transitório. A comemoração do centenário do artista plástico brasileiro Burle Marx (a 4 de agosto de 2009) não só tem essa característica, como também a sua magnânima obra. Pelo menos é assim que artistas de seu nível são vistos no nosso país, tal qual o maestro Heitor Villa-Lobos. Advindos de um mesmo movimento cultural, o Modernismo, ambos são representantes de uma revolta sobre o que se entendia por arte brasileira até então — um modelo importado e sem originalidade. Todavia, a importância dada a suas obras não é devida, e sua lembrança só ocorre em datas marcantes como essa.<br /><br />O mercado editorial e televisivo ganha com vendas de livros e programas especiais nesses momentos. Um paliativo na tentativa de inserir no popular algo que já é popular por natureza. Villa-Lobos fazia música dita erudita, mas operava uma música essencialmente folclórica. Composições como Cirandas são revisitações ao cancioneiro do Brasil que resultam em uma complexidade não imaginadas na simplicidade dessas músicas. Sua obra mais famosa, As Bachianas, é inspirada em Johann S. Bach, considerado por Villa-Lobos um grande folclorista da música.<br /><br />As formas e sons da natureza também são tônica na obra de Villa Lobos, bem como na obra de Burle Marx. Criador de um paisagismo genuinamente brasileiro, o artista rejeitou concepções requentadas da Europa ao adotar curvas sinuosas e contornos orgânicos em suas obras. O jardim brasileiro ganha tom em espécies nativas e espaços convergentes. Na mesma medida, a música de Villa-Lobos transpõe esses traços e refuta uma base européia. Assim como um cronista (nada mais que popular), o maestro registra musicalmente o país que vê e que ouve, caso dos timbres ferroviários em O Trenzinho Caipira e da polirritmia convergente de algumas das supramencionadas Cirandas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_Sb9fMZwGzIw/SUlUn-4q-sI/AAAAAAAABjs/x7Q58OJH6Lk/s400/+Burle+marx1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 350px; height: 338px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_Sb9fMZwGzIw/SUlUn-4q-sI/AAAAAAAABjs/x7Q58OJH6Lk/s400/+Burle+marx1.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Com exposição no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) e reconhecido em todo o mundo como o maior compositor brasileiro, o paisagista, bem como o maestro, ainda são datas de calendário para maior parte do país que lhes inspirou. Rejeitar modelos consolidados pela importação é o primeiro passo para uma arte de sumo popular que não dá sabor a casca. Buscar uma identidade brasileira é se embrenhar nos complexos biomas do nosso território de manifestações artísticas. A tarefa de Villa-Lobos e Burle Marx foi árdua e o resultado, vultoso, mas o temporário espaço da data comemorativa é inversamente menor ao tempo que levaram para serem reconhecidos grandes artistas brasileiros.Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-24169869881785758202009-07-23T20:20:00.000-07:002009-07-23T20:43:30.658-07:00As chuvas da roseiraChuva é sempre igual: fisicamente, não passa de água que cai do céu. Mas artistas preferem hipóteses a teses; não crêem que algo como a chuva seja, simplesmente, água que cai do céu. Que o diga Tom Jobim, autor da canção “Chovendo na Roseira”, faixa 13 do álbum “Elis & Tom” (Philips, 1974). Valendo-se de um clássico compasso, Jobim dedilha a viagem da água junto de Elis, que aproveita toda a vocalidade das sílabas. A cantora deve ter inspirado Kevin Mahogany e seu consonantal inglês. Explica-se aí os solfejos do jazzista na sua versão para “Chovendo na Roseira”. Passeando por diversas notas, ora junto do piano, ora junto do saxofone, Mahogany lidera os ataques e a condução de Double Rainbow no álbum homônimo de 1993. Afastadas por alguns anos, as canções contam histórias diferentes de uma mesma chuva.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://trama.uol.com.br/elis_tom/elis_tom/site/images/html/elisetom04.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 330px; height: 495px;" src="http://trama.uol.com.br/elis_tom/elis_tom/site/images/html/elisetom04.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br />As peculiaridades de cada versão se mostram a cada técnica usada. Mahogany canta tal qual um líder de big band, muito embora tenha mais suíngue — próprio à sua escola de scat singers, cuja mestra é Ella Fitzgerald. Sua voz de barítono intenta em chefiar os espaços dos acordes, mas a suavidade dá sutileza às camadas Voz e Instrumentos. Assim, a chuva se abre a cada vez que Mahogany sobe e desce o tom. Do baixista ao baterista, toda a banda trabalha em improvisos momentâneos que prescindem um perfil melódico — e muitas vezes ela se perde entre manobras e virtuoses, diminuindo o laço com a música original. A roseira é alvo de gotas suaves e diversas, advindas em boa parte da força do piano de Kenny Barron, livre e insistente a cada virada. Mais solto, ainda que nem tão certeiro e dosado quanto o de Jobim.<br /><br />De qualquer maneira, são ataques leves que não machucariam uma flor. Toques certamente inspirados, também, na bateria de Paulo Braga, nas cordas de Hélio Delmiro e no teclado de César Camargo Mariano. O trio é parte do quadro de músicos que acompanham Elis e Tom no álbum, arranjado por Aloysio de Oliveira. Em Chovendo na Roseira, Tom Jobim brinca com os pingos de início; faz deles respingos como as pinçadas de Tico-tico; e deságua num riacho de notas, onde as gotas e notas úmidas já não são mais de Luísa, Paulinho ou João; são de ninguém. O perfeito casamento de letra e música formando canção, sempre embalado pela idílica flauta doce, emulada no piano elétrico. O violão em contra-tempo e o tímido baixo são os maiores resquícios — aqui, mais como vícios do início em João Gilberto e no Cool Jazz — da outrora vanguarda Bossa-nova.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.kalamu.com/bol/wp-content/content/images/kevin%20mahogany%2005.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 284px;" src="http://www.kalamu.com/bol/wp-content/content/images/kevin%20mahogany%2005.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br />A originalidade criada sobre um repertório básico, no caso a valsa em 3 por 4, é tônica não só de Chovendo na Roseira, mas sim de todas as faixas do disco Elis&Tom. Por sua vez, Mahogany podia chover no molhado e prezar por uma releitura fiel em detrimento de uma nova roupagem à canção, mas não o fez. Assim como Tom, percebeu que uma chuva não é uma só para um artista, mas quantas quiser contar, tocar e cantar.<br /><br /><span style="font-size:78%;">*Crítica escrita para o curso "Crítica e música: uma reflexão sobre as artes da imprensa" e postada com as devidas e pertinentes correções da professora Liliana Bollos.</span>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-51892662549864274622009-07-10T22:27:00.000-07:002009-07-10T23:12:47.655-07:00O Festival da Boa MúsicaÉ ritmo de festa! Festa em silêncio, pois já basta a sua época de adolescente “badernista” fazendo zona na sala de cinema. A festa é nessas salas, tamanha quantidade de festivais que se projetam por aqui: Panorama Francês, SP Terror, Latino-Americano e o InEdit Brasil, que acabou a 5 de julho aqui em sampa. A cidade já é parte do itinerário de muitos festivais que correm o mundo, mas ainda há o que melhorar em termos de divulgação, expansão do circuito, preços e eventos adjacentes. Que seja: alguém aí já disse que pra começar uma caminhada é preciso o primeiro passo — ainda que não tão preciso.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://portalmegaphone.com.br/press/wp-content/uploads/2009/06/lead-edit-gde.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 250px; height: 383px;" src="http://portalmegaphone.com.br/press/wp-content/uploads/2009/06/lead-edit-gde.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Mas foi um tiro certeiro trazer o InEdit pra cá. Iniciado em Barcelona, o festival junta a fome com a vontade de comer: cinema e música. Documentários musicais dão a cara nas telas e participam também de competição — como aniversário de loja,“onde quem ganha é você”. Somam-se a esse motivo os feromônios sonoros exalados pelo Brasil e, em especial, por São Paulo e os filmes sobre música e artistas que pululam nos teasers (de Ratos de Porão a Arnaldo Baptista). O tiro foi em cheio, lembrando o logo do Public Enemy, tema do filme cujo subtítulo é Welcome to Terrordome.<br /><br />O Public Enemy são caras maus. Eles não acreditam na Malu Magalhães nem no Arctic Monkeys. Não acreditam no Bush nem na Guerra do Iraque. Não acreditam no Elvis — e desconfio que nem no Michael Jackson. Mas não são maus por que são niilistas. São maus porque descrêem de tudo isso com argumentos e samples que revolucionaram o hip hop. Isso fica visível com o loop inicial em “Show’em Watcha Got”, tocado logo no início do filme e com a letra de “Don’t Believe the Hype”: um não é a marcação do tempo fria e sem graça, o outro não são palavras regurgitadas, mas um mantra repetido. A revolução do PE, contudo, para por aí. Ainda que ela exista na maioria das canções do grupo, o diretor Robert Patton-Spruill parece ter se esquecido disso na fita. Pouco se fala de como o Public Enemy alçou o rap pra fora dos guetos justamente por entenderem e criticarem o mundo fora dali. Este é o outro alicerce para as mudanças drásticas no gênero, levadas a cabo também por Beastie Boys e por Run DMC.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm3.static.flickr.com/2215/2496619400_87df2058cf_b.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 516px; height: 329px;" src="http://farm3.static.flickr.com/2215/2496619400_87df2058cf_b.jpg" alt="" border="0" /></a><br />A sonoridade dessa leva influenciou não só o hip hop, mas o rock e a música eletrônica. Samples dos BB são base em muitas pick-ups. A sonzeira em overdrive do PE ecoou em um dos guitarristas mais originais do fim dos anos 90, Tom Morello, e é impossível dizer que o som do RATM não é fruto direto dessa mistura de rap, rock e outras cositas más. É a marca de Terminator X e toda a banda do PE, inclusive os SW1, os B-boys fardados. Apresentar a banda com depoimentos variados e entrevistar outros músicos com certeza foram o trunfo do filme, que peca por vezes em cortes inexplicáveis e por mostrar apenas um show de Chuck D e companhia, o do SWSX de 2004.<br /><br />Em favor de uma crueza maior, Welcome to Terrordome é uma fita que não preza pela estética dos detalhes ou pelos planos para delimitar o produto documentário. Segue a mesma linha de outro doc assistido por quem vos escreve: End of the Century. Enquanto o primeiro tem a banda no título, neste acontece o contrário. Explica-se: se para o historiador Eric Hobsbawm o século XX começa em 1914 e termina em 1991, para os Ramones ele começa ali nos anos 50 e acaba em 77, ano da explosão da explosão da banda e do punk rock. Mas é nesse ponto que ele recomeça, como um ciclo, como fruto de uma luta entre classes — pois não era o punk, originalmente, válvula de escape para os proletariados e marginais britânicos? O documentário que conta a trajetória da banda de Joey, Johnny, Dee Dee, Tommy, Marky e CJ traça todo um enredo do movimento criado e criador da banda, bem como de seus reflexos históricos. Não economiza, para isso, em depoimentos e cenas de arquivo.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3619/3365778760_e49c7dcb34_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 500px; height: 496px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3619/3365778760_e49c7dcb34_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br />O ingresso vale só por ver Joe Strummer mencionando os Ramones com o mesmo respeito com o qual Johnny lembra do Clash. É prazeroso saber que, embora separados por um oceano e muitos, muitos acordes, as duas bandas dividiam histórias do underground. E ainda hoje se pergunta (e se responde e se pergunta mais) como um movimento cultural pôde sair dos subúrbios e influenciar inúmeras manifestações, artísticas, não só na música, ou de qualquer outro cunho, tal qual a publicidade, como bem lembra uma atendente do CBGB no filme. O bar é cenário para uma das melhores seqüências do filme: quando os Ramones discutem, sobre o palco, qual música tocar. Dee Dee, que mais lembra um Gil Brother misturado com Sid Vicious, insiste na sua escolha. Joey não quer. Johnny manda calarem a boca. Tommy... bem, Tommy não era essencial pra banda — segundo Johnny e Dee Dee. Entre fucks e shits eles resolvem por tocar Blitzkrieg Bop.<br /><br />As imagens antigas e as diversas entrevistas dão um panorama cronológico da banda, e a montagem consegue transmitir o tempo sem tornar-se maçante. A sucessão de acontecimentos não é apenas fator contextual: está presente ali a figura de um Joey inibido e retraído em seus um metro e tantos de estranheza; um Johnny carrancudo, que não sorri para manter a aparência de manager; um Dee Dee debochado e vítima do seu próprio deboche; um Marky agradecido e Ramone até hoje. Uma banda que iniciou uma nova era na música, em que a vontade de fazer supera o saber fazer, e que foi capaz (talvez isso seja o mais difícil) de se reconhecer como precursora deste novo tempo. Sem impado, Dee Dee agradece a si próprio pela placa dos Ramones na Rock and Roll Hall of Fame. Com certeza não os únicos, mas sim os maiores culpados por suas poucas notas, cabelos de tigela e jaquetas de couro.<br /><br />A música agradece aos Ramones e ao Public Enemy. O cinema agradece a música, agora não pelas trilhas ou sonoplastia, mas pelos temas. E São Paulo diz obrigado a todo mundo, porque o cinema está em festa (no lineup, o InEdit, claro) e o importante é fazer uma social.Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-36943272953245608432009-04-14T21:36:00.000-07:002009-04-14T21:49:19.095-07:00MTV, Get off the air (mas deixa a Bis e meu texto lá!)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.aversion.com/bands/jellobiafra/images/jellobiafra.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 458px;" src="http://www.aversion.com/bands/jellobiafra/images/jellobiafra.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><span style="font-style: italic;">"E é por isso que topei fazer um site no portal da MTV, e por isso que contratei a pessoa inteligente mais jovem que encontrei para me ajudar, e por isso o Bis é um site colaborativo, não um blog pessoal. O Bis é para fazer coisas que a MTV não faz - ainda. Abrir geral para quem tiver algo a dizer. Falar de música, sim, mas usar a música para falar do que interessa, da vida, da alma, da rua, da morte. Com texto, mas com som, com foto, com vídeo, com arte, feito por qualquer um, pela multidão."</span><div style="text-align: right;">Do <a href="http://andreforastieri.uol.com.br/?p=475">blog do Forastieri</a>.<br /></div><span style="font-size:130%;"><br /><a href="http://mtv.uol.com.br/bis/blog/soil-amp-quotpimpquot-sessions-ouvindo-fren%C3%A9tico">e foi pra Bis o meu texto do Soil & Pimp</a> postado há alguns dias <a href="http://arrufosetambores.blogspot.com/2009/04/ouvindo-frenetico.html">aqui</a>!</span>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-2739123876271281782009-04-13T22:41:00.000-07:002009-04-13T22:55:07.374-07:00Deixe a melanina fluir. Deixa cair. Deixa balançar.O título que coroa o post é inspirado na frase de um amigo com grandes aspirações de escritor. O rapaz tem aspirações a pé-de-valsa também. Ao som de Clube do Balanço, aliás, só não é quem não quer. Que digam as pessoas sambalançando na comportada sala do Itaú Cultural. Foi a cena do show do primeiro domingo do mês de abril, fim da micro-turnê da banda que destila balanço e o melhor da música negra pelo Brasil há um bom tempo. Do passado a maior lembrança foi Simonal, trazido ao palco por interprétes como Tereza Gama e a cria do genial rei do suíngue, Simoninha.<br /><br />A chuva da outrora cidade da garoa quase afastou a galera que ia pro show. Não foi o caso, do contrário não haveria três sessões, uma seguida da outra. Todas foram abertas pelo DJ Gran Master Ney e pela Equipe Soft Fest, que aqueceram a galera com soul e funk, de James Brown a The JB’s. Cada um carrega anos e bailes com milhares de pessoas nas costas. Festas R&B e Samba Rock eram eventos grandiosos no fim dos anos 80: lotavam clubes esportivos com gente vestida na estica e soundsystem amplificadíssimos. “Um tempo bom, que não volta nunca mais”, mas nem por isso não pode ser lembrado — ou revisitado, como tem sido feito.<br /><br /><p align="center"><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LNDybvnbWnM&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LNDybvnbWnM&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object></p><br /><br />Também são responsáveis por isso bandas como Os Opalas, Farufyno e o próprio Clube do Balanço. Subindo ao palco ao som de Zula, o vocalista e guitarrista Marco Matolli já faz todo mundo sócio do Clube. O percussionista Fred Prince vem na marcação cadenciada do samba enquanto o batera Edu Peixe varia nos ataques a seus pratos. A metaleira só favorece ao balanço. O tom fica mais suave com A Sereia e o Marujo, mas a interpréte Tereza Gama faz questão de não deixar a peteca cair com seu vozerrão que sai fácil, fácil. Com a Equipe de dança do Moskito estaria mais do que feito o baile senão fosse a falta de um convidado de honra.<br /><br />Simoninha que me perdoe, mas o convite mais célebre foi o de Simonal. A começar por “Vem Balançar”. Encantada por Elis e Simona, a canção é a receita de um arranjo imponente de sambajazz. Pro samba-rock, o Clube somou o trompete de Reginaldo 16 e o trombone de Tiquinho, mas perdeu muito enquanto subtraia a virtuose do piano e da bateria — no original, provavelmente, do Zimbo Trio ou Som3. Chegando Simoninha, Simonal está mais no palco do que nunca. Talvez na figura de Simoninha (é inevitável não juntar um no outro, ainda mais com trejeitos, o dar de ombros, o “deixa cair”), mas principalmente no seu melhor: a música.<br /><br /><p align="center"><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/bvJt59HrA3Q&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/bvJt59HrA3Q&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object></p><br /><br />Atualmente, o legado de Wilson Simonal é pouco conhecido pelo grande público. Aquele que chegou a ser um dos maiores (senão o maior) cantor do Brasil quase nunca é lembrado por sua herança à música brasileira: divisões harmônicas, voz melódica, arranjos orquestrados, etc. O presente dado por Simonal e pelos músicos que o acompanharam ao cancioneiro brasileiro foi em muito condenado ao ostracismo, tal qual ele mesmo — vítima de um “pessoa errada na hora errada no lugar errado”. Para o bem dos ouvidos, o rei da pilantragem e de muito mais tem sido relembrado ultimamente, junto dessa retomada dos bailes e da música negra autentica brasileira.<br /><br />Assim, além de “Vem Balançar”, Clube, Tereza e Simoninha ainda interpretaram a brincalhona “Galha do Cajueiro” e o lado-B “Colecionador de Amigos”. O set list ainda contou com “Paz e Arroz” e “Balanço”. O espetáculo de dança do Moskito e o <span style="font-style:italic;">espetáculo</span> da sua parceira são outros detalhes que deve ser lembrado. No mais, é só balanço.<br /><br /><p align="center"><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/LNDybvnbWnM&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/LNDybvnbWnM&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object></p>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-39185243948078876232009-04-10T00:16:00.001-07:002009-04-10T01:09:48.688-07:00Ouvindo FrenéticoO autor do crime, dessa vez, foi um amigo. A título de proteção não revelo o nome, embora por amizade eu tendesse a revelar. O fato foi que começou com uma frase, "to viciado nessa porra". Quando escuto isso já imagino as cenas. Em todas eu tenho curiosidade — e inevitável. Até perguntar ou experimentar, contudo, há dezenas de passos. Dessa vez eu corri com os dedos e logo perguntei, "qualé a boa?". Ele me passa um link e a merda está feita. Viciei. Sou suscetível demais quando a coisa é boa. Acertei na pergunta e na suscetibilidade. A bola da vez é <a style="font-style: italic;" href="http://www.last.fm/music/SOIL%2526%2522PIMP%2522SESSIONS?setlang=en">Soil & "Pimp" Sessions.</a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm3.static.flickr.com/2036/1575910609_3efe45c958_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 460px; height: 345px;" src="http://farm3.static.flickr.com/2036/1575910609_3efe45c958_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Um bando de japoneses (<a href="http://marcelotas.blog.uol.com.br/arch2009-04-01_2009-04-15.html#2009_04-03_11_56_24-5886357-0">e eu te devolvo a pergunta, Tas: para bem ou para o mal, que água eles bebem?</a>) que se bandearam pro free jazz numa pancada só. Arrisco duas palavras: Freenetic Jazz. Veja bem, não é um rótulo, como Nu Jazz. Pra uma trupe de Tóquio que se conheceu em baladas, tem influências latinas e contam no quadro de integrantes com um agitador, isto é, diferente de vocalista, um rótulo é no máximo um detalhe nas suas roupas extravagantes — de fazer inveja ao <span style="font-style: italic;">Também Sou Hype</span>.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Soil & "Pimp" Sessions</span> já espanta pelo nome. Só consigo enxergar algum significado para Sessions. As canções pairam numa intuitividade que fica entre o aleatório e o caótico. Um, por sabermos as forças que impulsionam os improvisos, advindos de marcações de tempo perdidas no espaço (ou na tempestade, vide <span style="font-style: italic;">Storm</span>); o outro, por nem imaginarmos onde tudo aquilo vai dar, como em <span style="font-style: italic;">Fantastic Planet</span>, que bate num consistente hard bop de Nova Orleãs até cair numa boate em alguma ilha do caribe, tocando salsa ou rumba.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3023/2690031322_4ac500f951_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 577px; height: 384px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3023/2690031322_4ac500f951_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br />No caso do álbum Planet Pimp, a produção teve o trunfo de usar dosadamente efeitos eletrônicos, como se pode ouvir em <span style="font-style: italic;">Go Next!</span> e <span style="font-style: italic;">The World Is Filled by...</span> . A precaução afasta as canções de um fusion forçado ou ultrapassado. É apenas mais um artifício pra empolgação dos japoneses. Nessa loucura, por vezes eles mesmos se perdem: os arranjos quebram a harmonia ou ocorre tal grandiloquência que vira gritaria. E na hora da calmaria — a última faixa, <span style="font-style: italic;">Sorrow</span> — não fazem mais do que um lounge bem xôxo.<br /><br />O que interessa é que já carrego no bolso e parei de usar escondido. Não obstante, tô falando pra todo mundo aqui. Escute no último volume, mas depois não deixe sua mãe pensar que foi influência minha.<br /><br /><p align="center"><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/axzOcH9KhN0&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/axzOcH9KhN0&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object></p>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-16875544943107535572009-03-18T20:38:00.001-07:002009-03-18T21:43:21.368-07:00Maré punkNão é de hoje que o espírito<a href="http://http//en.wikipedia.org/wiki/DIY"> DIY</a> toma conta dos dedos, mãos, recortes e aspirações das pessoas. A juventude, que sempre desponta e descobre as vanguardas, é o expoente do faça-você-mesmo desde o punk. Foi lá nos idos de 70 que, separados pelo Atlântico, jovens novaiorquinos pós-hippie-folk-rajneesh e a garotada londrina filha do operariado fizeram transgressão com as próprias mãos. Uns no CBGBs, outros na lojinha do Malcom Mclarem, cada qual com suas roupas rasgadas e cortes malfeitos; espetos e furos por todo o corpo; cabelos espalhafatosos. Mas a essa época ainda havia um mar de distância, felizmente ultrapassado por Ramones e Clash.<br /><br />À esses anos, o mundo já era grande, embora a Terra desse sinais de ficar cada vez menor: a primeira transmissão de guerra pela TV (Vietnã), o primeiro homem a pisar na Lua, a bipolaridade EUA-URSS. Vêm a new wave, o Dead Kennedys, os quadrinhos do Watchmen, a Legião Urbana, a Perestroika, Collor, Nirvana e Clinton. Permeando os anos, tal qual uma costura rota, o espírito punk: fanzines, posters, hardcore, grunge, eletrônico. Daí pra frente começa-se a falar de internet — começa-se a falar na internet.<br /><br />A rede não criou a roda ou a roca do DIY. Sequer as potencializou. A internet ofereceu possibilidades. Abre-se um rizoma para o punk. Para ser punk, não precisa ser punk. Se Heidegger vivesse, diria: a essência do punk, não é o punk. Fazer por conta própria nada tem a ver com niilismo ou negação ao sistema. As jaquetas fedorentas dos Pistols ainda precisavam da cena proletária, aquela com resquício na mulher trabalhando 18h por dia numa grande tecelã. A única indústria contra a qual se opõe a essência punk, isto é, o DIY, é a indústria cultural. Entenda-se ela como algo bem maior que uma fábrica da Coca Cola com seus publicitários e CEOs meio homens meio suínos.<br /><br />Indústria cultural, em suma, é algo que nunca sai de moda e nunca sai da moda. Se antes da web ela tinha um poder televisivo e global, agora anda penando para surtir os mesmos efeitos de antes. Como adversário, ele o espírito punk, a essência do faça-você-mesmo, que pelos becos da rede encontrou em nichos e pequenos grupos seus fiéis escudeitos. Em frente ao pc pode-se aprender a pilotar um avião ou a fazer coisas mais nobres.<br /><br /><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >Ser punk nos novos tempos significa:</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Fazer camisetas, ou tê-las sempre personalizadas:</span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://funkrush.bigcartel.com/"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 550px; height: 473px;" src="http://www.fubiz.net/wp-content/uploads/2009/03/funkrush.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a href="http://store.glennz.com/"><br /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.fubiz.net/wp-content/uploads/2009/03/glennz.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 550px; height: 403px;" src="http://www.fubiz.net/wp-content/uploads/2009/03/glennz.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><a href="http://www.graniph.com/"></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.fubiz.net/wp-content/uploads/2009/03/graniph.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 550px; height: 437px;" src="http://www.fubiz.net/wp-content/uploads/2009/03/graniph.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ter blog ou qualquer espaço para se expressar verbalmente:</span> <a href="http://twitter.com/">twitter</a>, foruns, <a href="http://pt.wikipedia.org/">wiki</a> <a href="http://facebook.com/">variáveis</a>.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Fazer música lo-fi e usar uma tecnologia tão fácil quanto e muito mais avançada para divulga-la:</span> <a href="http://myspace.com/">myspace</a>, <a href="http://purevolume.com/">purevolume</a>, <a href="http://tramavirtual.com.br/">trama</a>.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Recortar, colar e dobrar muito mais que roupa ou papel:</span> <a href="http://www.myspace.com/girltalkmusic">Girl Talk</a> e Kutiman.<br /><br /><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/AzZi-btc8AA&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/AzZi-btc8AA&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ouvir Ramones na propaganda da Coca e The Clash em propaganda de telefonia:</span><br /><br /><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VMfx8Ev3jbU&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/VMfx8Ev3jbU&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object><br /><br /><object width="445" height="364"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/N6vx9DYluYg&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/N6vx9DYluYg&hl=fr&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="445" height="364"></embed></object>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-74566943369590020612009-03-08T14:31:00.001-07:002009-03-08T15:03:22.929-07:00Faustão, the warriorEsperando o jogo do meu coringão (Ronaldo, amigo, haja coração!), eis que vejo a beleza de camiseta do Faustão:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-KZFMi_40zltCbh-hhKyFUQnzqaduGyeT4-7s_5X0J9JsQr6EamQaKYTPeW5SebQaZ4ntY6cJu3O5D5V8EsLxYlB_8FykPGH7Bu5M_crIXElBsj-35p13VEbr0HCIDMHmXn8OdY5qpJ8/s1600-h/Imagem+008.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-KZFMi_40zltCbh-hhKyFUQnzqaduGyeT4-7s_5X0J9JsQr6EamQaKYTPeW5SebQaZ4ntY6cJu3O5D5V8EsLxYlB_8FykPGH7Bu5M_crIXElBsj-35p13VEbr0HCIDMHmXn8OdY5qpJ8/s400/Imagem+008.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5310936183315378258" border="0" /></a><br />Agora, será que ele sabe do que se trata ou o figurinista da globo quis dar um ar mais geek pra ele?! Ô lôco, meu...Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-49471143540723474932008-09-29T12:17:00.000-07:002008-09-30T20:03:08.521-07:00Design às Segundas<div style="text-align: center;"><object width="600" height="340"> <param name="allowfullscreen" value="true"> <param name="allowscriptaccess" value="always"> <param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=1823335&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1"> <embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=1823335&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="225"></embed></object><br /><a href="http://vimeo.com/1823335?pg=embed&sec=1823335">The Universal Declaration of Human Rights</a> de <a href="http://vimeo.com/user786199?pg=embed&sec=1823335">Seth Brau</a>.</div><br /><br />Tipografia cinética, pra começar. Sensacional essa de cima, pela animação e pelo tema — a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Muito mais por ele, até, que nesses tempos nos faz lembrar o quão longe estamos do que ele prega e quão longe estamos de uma humanidade só, embora heterogênea. O certo na contramão.<br /><br /><br />Da seção <a href="http://arrufosetambores.blogspot.com/2008/09/rabeira-muderna.html"><span style="font-style: italic;">Coisas com as quais podemos viver sem</span></a>, fica o saco de lanches anti-furto, do designer <a href="http://www.skforlee.com/">Sherwood Forlee</a>. Genial e dispensável!<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.ideafixa.com/wp-content/uploads/2008/09/sanduba.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 493px; height: 182px;" src="http://www.ideafixa.com/wp-content/uploads/2008/09/sanduba.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br />Por fim, o estúdio. Dessa vez é o <a href="http://www.worldwidefred.com/">Fred</a>. Vira e mexe algum trabalho está nos melhores sites de design. Donos de uma criatividade impressionante e de uma simplicidade, assim, simples, o Fred nos faz achar graça e cria vontade até mesmo num copo com gelo.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://pj.b5z.net/i/u/2075403/i/pynanimals_648.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 493px; height: 493px;" src="http://pj.b5z.net/i/u/2075403/i/pynanimals_648.jpg" alt="" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://pj.b5z.net/i/u/2075403/i/ginandtitonic_648.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 495px; height: 495px;" src="http://pj.b5z.net/i/u/2075403/i/ginandtitonic_648.jpg" alt="" border="0" /></a>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-12936547829618437572008-09-24T08:03:00.000-07:002008-09-24T09:07:58.380-07:00Congratulações, ColtraneSe estivesse vivo, John Coltrane faria ontem, 23 de setembro, 82 anos. Trompetista, jazzista e, muito mais, músico e artista, Trane elevou o jazz à erudição com manobras como "Coltranes Changes". Por outro lado, nunca tirou o jazz do seu suporte: o improviso, a intuição. Genial.<br /><br />Giant Steps: Coltrane brinca com as possibilidades harmônicas<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/BZRnkBK_0no&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/BZRnkBK_0no&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Davis e Coltrane: o melhor do cool jazz<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/P4TbrgIdm0E&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/P4TbrgIdm0E&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />O clássico: A Love Supreme<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/92T4DQqQApE&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/92T4DQqQApE&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Bônus: Tito Puente e o swingado bebop Take Five, música tocada por Lisa e Bart no "episódio do jazz" — passou hoje na Globo.<br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vcTT8UF9xQw&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/vcTT8UF9xQw&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-76899388510540580972008-09-16T19:31:00.000-07:002008-09-16T19:33:47.082-07:00Refugiados do Clima<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.woostercollective.com/soswash2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 509px; height: 390px;" src="http://www.woostercollective.com/soswash2.jpg" alt="" border="0" /></a>Não é aquele ursinho da coca-cola?<br /><br /><div style="text-align: right; font-style: italic;"><a href="http://www.woostercollective.com/2008/09/seen_on_the_streets_of_washington_dc.html">via wooster<br /></a><br /></div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-65362410455834089862008-09-15T21:34:00.000-07:002008-09-15T23:28:48.191-07:00Mombojó + China =Fui ao show do <a href="http://myspace.com/mombojo">Mombojó</a> e do <a href="http://myspace.com/chinaina">China</a>, no último sábado (13), no <a href="http://www.blogger.com/www.studiosp.org">Studio SP</a>. A Dona Guta, felizmente, ainda presenteia São Paulo com boas casas. Caso do Studio, cuja estrutura e ambiente põem mais próximos artistas e espectadores, espectadores e espectadores, espectadores e arte. O requisito básico pra entrar, pelo menos no line-up do mês, é que o artista esteja realmente colado em sua expressão. Aí é baba pro Mombojó. Descobri que pro China também.<br /><br />Começando pelo sino-pernambucano que nunca tinha ouvido. Acompanhado da HStern Band — de ouro maciço e com lapidação no porvir —, China me estufou duma música digna da galera recifense-olindense. Pois essas são as cidades satélites do melhor rock (só?) que se produz no Brasil. E isso não é de hoje. O Camisa de Vênus foi a ponta de um inselberg. O corpo viria com o manguebeat de Chico, Nação e Mundo Livre. Dali pra frente o vento tomou de conta e fez o favor de espalhar as sementes da boa música. Brotou China, Mombojó, Cordel do Fogo Encantado, Bonsucesso Samba Clube, Eddie, <a href="http://www.blogger.com/www.myspace.com/fossilsoundtrack">Fóssil</a>, <a href="http://www.blogger.com/www.myspace.com/catarinadeejah">Catarina dee Jah</a> — as duas últimas ainda para serem escutadas pelo blogueiro.<br /><br />O som de China é cheio de samples e riffs que se confundem. Pode ser electro house, new rave ou o que for: o eletrônico é a face-mor das novas influências, caracterizada pelo abraçar de uma tecnologia e o regurgitar novo desta — como fizera Lúcio Maia nos longínquos anos 90. Parece mesmo uma evolução do New Wave, bem perceptível em Câncer.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQCzOPkRPWB72esogR2A4J28-5AHtoPsCpCNFchxYaz8vwPmXcTq1RDl2EC2AW3-5dNE2EJTHkb4OCxbO-CcRMzcxpyyE0J2CYbXFKoAmEedAD5e2hnZKdd4E_IPxSt74BTxMySxnbN5s/s1600-h/China.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQCzOPkRPWB72esogR2A4J28-5AHtoPsCpCNFchxYaz8vwPmXcTq1RDl2EC2AW3-5dNE2EJTHkb4OCxbO-CcRMzcxpyyE0J2CYbXFKoAmEedAD5e2hnZKdd4E_IPxSt74BTxMySxnbN5s/s400/China.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5246496817754204690" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Votem no cara pro VMB: http://mtv.uol.com.br/vmb2008/cat_aposta.html </span><br /></span></div><br /><br />Falando em guitarrista, foi em Asas nos Pés que ouvi a pancada chinesa. Ora fazendo a linha melódica, ora passando o bastão pros samples, a guitarra é de acordes agressivos e intermitentes. Faz o tom potente da música. A bateria não lembra em nada o tambor do Maracatu. Não fosse a marcação de tempo e compasso difusa e quebrada. Pra completar a cozinha, o baixo sutil e, como não se tem visto ultimamente, presente em toda a música. Alicerce das horas necessárias.<br /><br />Nos pés de China também deve ter algo mesmo, quem sabe asas. O cara tem uma dancinha inigualável, meio Jamiroquai, meio mestre-sala, meio ataque epilético. Tão personna quanto sua cantoria. Simples e voraz, daquela que quer alcançar todo mundo que está por perto sem nenhum floreio. A canção de Roberto Rei Carlos, Não quero mais seu amor, ficou pequena pra ele. Suas composições vem igualmente carregadas de uma megalomania bem chinesa. Na singeleza de cada coisa, como dormir e acordar, cai-se sobre um território vasto de sentimentos e sensações. Maior que a China, esse espaço da poesia é sempre explorado, mas nunca visto em sua infinitude. Tomara que o pernambucano continue nesta aventura, pois ainda há muito o que descobrir. Não só nas letras, mas também na melodia.<br /><br />Finito o show do China, veio Mombojó. Veja bem, não foi assim: acaba uma coisa, respira, começa outra. Foi de lambuja China + Mombojó. Uma coisa junta na outra e dá nisso. O entrosamento entre os caras só valeu mais o ingresso. Digo que essa turma de meus conterrâneos de ascendência (existe isso?) ainda vai dar muito mais caldo.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQOqKcPKYWfzdE7JiGdOLa1orZ09DBaAsmdaRHoNEkoYvCOVfQ3FLCl8IgoodB4ujleasx6Y4OAptFDsWE2aSwuF0Umc5xkRA6lLEwwMO2xHcPn7_cOFcHJY3RZHP0K26MDtL2rJUrTPI/s1600-h/momboj%C3%B3-studio-sp.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQOqKcPKYWfzdE7JiGdOLa1orZ09DBaAsmdaRHoNEkoYvCOVfQ3FLCl8IgoodB4ujleasx6Y4OAptFDsWE2aSwuF0Umc5xkRA6lLEwwMO2xHcPn7_cOFcHJY3RZHP0K26MDtL2rJUrTPI/s400/momboj%C3%B3-studio-sp.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5246496821045479698" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Felipe: agora a gente é radiola de ficha?, sobre o esganiçado insistente por Duas Cores. </span></span><br /></div><br /><br />O show do Mombojó eu já tinha visto numa outra vida deles pra sampa. Foi em dezembro do ano passado, na choperia do Sesc. Dia bom. Logo de cara admirei as possibilidades levadas a cabo pelos caras. Rock novo, samba em toda a sua marcação, a suavidade do sopro, a ecleticidade sampleada. As letras vêm fácil, como em China, sem deixar a poiese. Foi tudo isso que vi em show. Confesso que não foi com todos os watts da primeira vez. Muitas músicas eram do segundo álbum, que não é de muito meu agrado (prontofalei). Nem por isso a performance foi menor. De lá pra cá o que vi foi um trabalho pensado em cima do som, das enes possibilidades — novamente elas. Algumas releituras e novos arranjos. Tudo que amplificasse a sonoridade de Felipe (bom nome) e companhia. Execuções memoráveis como Duas Cores (suplicado pela mina-mala-bêbada), Missa, Faaca O Céu, o Sol e o Mar me fazem esperar ansiosamente a próxima vinda deles.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4l-y6sLVhN0KplrQkuhnfH44bWsTQ7aPUSiWoPr6iJ1BBOuBCFzV7-FBfr42jHYxSGc6to79XHaMt1QrBopKmXrRUotw0BSW1DrQXDRuQ9mAOvzGGAJEohM9RIrmZtASf2frId7Fkv24/s1600-h/China-e-Momboj%C3%B3.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4l-y6sLVhN0KplrQkuhnfH44bWsTQ7aPUSiWoPr6iJ1BBOuBCFzV7-FBfr42jHYxSGc6to79XHaMt1QrBopKmXrRUotw0BSW1DrQXDRuQ9mAOvzGGAJEohM9RIrmZtASf2frId7Fkv24/s400/China-e-Momboj%C3%B3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5246496824971262322" border="0" /></a><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Mombojó + China = música boa e dança peculiar...</span><br /></div><br />Se todos os shows da noite (três, pra ser bem claro) se resumissem a uma música, seria mesmo a última. Olha que fechar com chave de ouro é difícil. China e HStern Band sobem ao palco para, junto de Mombojó, fazerem a maior concentração de recifenses e olindenses por metro quadrado da Augusta. Tocaram Deixe-se Acreditar. Dessa hora só consigo falar sobre o final, que demorou pra chegar. Que também o final do melhor do rock brasileiro esteja longe. A história da boa música nordestina esteja mais pra um romance que pra um cordel.<br /><span style="font-size:85%;"><br /></span><div style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Obrigado ao <a href="http://flickr.com/photos/gianlucca90/">Gian Lucca</a> que gentilmente cedeu as fotos para serem postadas aqui!</span></span><br /></div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-6655067869313580992008-09-13T01:03:00.000-07:002008-09-13T01:25:46.199-07:00Do ato, efeito ou origem de beber<a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080910_bebidamemoria_mp.shtml">Agora é o esquecimento</a><span style="font-style: italic;"><a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080910_bebidamemoria_mp.shtml">...</a><br /><blockquote>Um grupo de cientistas da Universidade de Sussex, na Inglaterra, revelou que o álcool facilita a criação de memórias para eventos emocionais - <span style="font-weight: bold;">na maior parte positivos </span>- vividos antes da intoxicação e prejudica a criação de memórias para eventos - <span style="font-weight: bold;">muitas</span> <span style="font-weight: bold;">vezes negativos</span> - ocorridos depois do consumo abusivo de bebidas.</blockquote></span>Os grifos são meus. Esse aí já deve ter feito muita captação (leia-se: ter ficado inúmeras vezes bêbado) pra chegar a essa conclusão. <span style="font-size:78%;">Ou não.</span><br /><br />Seja como for, informação relevante não é o porquê da tal amnésia, mas sim como evitá-la! <span style="font-size:78%;">Ou não, também.</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3149/2575447123_537f729540_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 333px; height: 460px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3149/2575447123_537f729540_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Por outro lado, o porquê daquilo que leva muitos à amnésia (leia-se: ter ficado bêbado vezes inúmeras) é de suma importância.<br /><br /><a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u443000.shtml">Ainda mais se se relacionar com a evolução <span style="font-size:78%;">(ou não, de novo)</span> do homem.</a><br /><blockquote style="font-style: italic;">"Ao contrário, eu afirmo que a agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação"</blockquote>Aaah, agora sim faz sentido.<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >fotos do flickr da <a href="http://flickr.com/photos/queridaclementina/">querida clementina</a></span><br /></div><br />Tenho a ligeira impressão de que esse post cairá no gosto de muitos amigos — a rodo, não, diria a litro!Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-4914572354494415032008-09-12T07:56:00.000-07:002008-09-13T01:03:05.488-07:00Planeta Terra traz Offspring? [editado]Saiu a line-up do Planeta Terra no <a href="http://ilustradanopop.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-07_2008-09-13.html#2008_09-09_20_30_19-125924377-0">blog da Ilustrada</a>. <a href="http://www.myspace.com/blocparty">Bloc Party</a> vem como carro chefe, provavelmente com a turnê do novo álbum. Vale lembrar que eles também vão tocar no VMB — é uma premiação de um canal de televisão!<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm3.static.flickr.com/2113/2074938120_efcfd69c64_b.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm3.static.flickr.com/2113/2074938120_efcfd69c64_b.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Bloc Party também na emetevê.</span></span><br /></div><br />Se comparado com o Tim, parece que os festivais brasileiros estão buscando um equilíbrio entre o mainstream e o underground (aquele que era alternativo e hoje tem gente que gosta de chamar de indie). Enquanto o Planeta Terra também vai contar com (ex-)hypada <a href="http://www.myspace.com/mallumagalhaes">Mallu Magalhães</a> e os tarimbados <a href="http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=41133783">Jesus and the Mary Chain</a>, o Tim Festival tem na lista <a href="http://www.myspace.com/kanyewest">Kanye West </a>e <a href="http://www.myspace.com/thenational">The National</a>.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3258/2761448112_8855ec2a92_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3258/2761448112_8855ec2a92_o.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Dexter Holland e a nova fase cabelo esvoaçante.</span></span><br /></div><br />Surpresa mesmo apenas a história do <a href="http://www.myspace.com/offspringofficial">Offspring</a>. Esses, sim, se vierem serão uma surpresa — e boto fé que vai ser uma surpresa boa. No <a href="http://www.offspring.com/">site oficial</a> dos caras existe um hiato entre o fim de outubro e o fim de novembro. O festival do Terra acontece dia 8 de novembro.<br /><br />* <a href="http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/2008/09/12/quem-mais-vem-pro-terra/">Alexandre Matias</a> levantou a bola: boatos do Queens of the Stone Age e do Broken Social Scene. Só falta vir o Rage Against the Machine!<br />Aí é pedir demais, e demais já é a esmola...A propósito, Tim o quê?!Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-4909978359143258032008-09-11T19:06:00.000-07:002008-09-11T19:23:47.163-07:00Piadas de mau gostoSeria o <a href="http://www.reuters.com/article/topNews/idUSL871354420080908">envio de tropas russas para o Caribe</a> uma promoção inusitada do filme Watchmen? O (ainda) governo de Putin fará uma manobra militar junto da Venezuela na futura piscina do Barack (ou do McCain).<br /><div style="text-align: left;">Ha! Pra quem não sabe, a graphic novel se passa na Guerra Fria. Vale a pena ler. Mas se você não descolar os quadrinho, dá uma olhada no que saiu de lá e vai <span style="font-style: italic;">ipsis literis</span> para o filme.<br /></div><br /><div style="align: center;"> <embed src="http://videomedia.ign.com/ev/ev.swf" flashvars="object_ID=34260&downloadURL=http://moviesmovies.ign.com/movies/video/article/908/908042/watchmen_dp_feat_090508_flvlowwide.flv&allownetworking="all"" type="application/x-shockwave-flash" width="433" height="360"></embed></div><br /><br />E se for pro mundo acabar com uma Guerra Fria Reloaded, que seja antes da estréia desse filme do Dragon Ball. O Picollo parece o Pinhead.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db7.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db7.jpg" alt="" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db1.jpg" alt="" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db9mn2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://www.comicbookmovie.com/images/news/dragonball/db9mn2.jpg" alt="" border="0" /></a>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-43399995014342120812008-09-11T15:26:00.000-07:002008-09-11T19:44:44.254-07:002o dia do MediaOnParticipei hoje do segundo dia do <a href="http://mediaon.terra.com.br/2008/">MediaOn</a>, evento realizado pelo Portal Terra e o Itaú Cultural. O última dia teve três painéis e alguns pontos altos. De qualquer maneira, o evento já é de grande importância só pelo tema tratado, como disse no post anterior.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/painel2_4.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/painel2_4.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">2o Painel - "O novo jornalista e a cobertura eleitoral – utilização das inovações e ferramentas multimídia"</span></span><br /></div><br />Primeiramente, vou falar do 2o Painel, que ocorreu ontem e sem dúvida foi um dos melhores que assisti. Para discutir a respeito do perfil do jornalista online foi chamado, além de profissionais de mídia — Edward Pimenta da Abril e Andrea Fornes do MSN —, um acadêmico, <a href="http://fabiomalini.wordpress.com/">Fabio Malini</a>. Pimenta e Fornes fizeram apresentações mais institucionais, mas não por isso desinteressantes. Malini, por sua vez, foi um dos poucos, senão o único a estabelecer um mínimo contato entre a Universidade e o Mercado. Provando que entende de comunicação na teoria e na prática, Malini dissecou em poucos minutos o que é o jornalista online e o que se espera dele sem esquecer, obviamente, do próprio jornalismo web. Ficou claro que o jornalista digital é aquele que sabe exercer todas as atividades do processo jornalístico, o que, acredito eu, torna o trabalho menos industrial, menos segmentado — e mais difícil. A maior causa desse jornalista multi-task é a não-linearidade da web: uma notícia <span style="font-weight: bold;">deve</span> contar com hiperlinks, podcasts, vídeos e infográficos. E todo esse conteúdo é informação que parte da mão de um jornalista. Malini ainda citou alguns elementos básicos presentes nos jornalistas online: interação com o público, cross-media, blogging, conhecimento mínimo de tecnologia, etc.<br /><br />Passada a quarta, vamos a quinta. A manhã começou com o 5o Painel, que se propunha a comentar as estratégias de blog na obtenção de audiência e transmissão de informação. <a href="http://www.bbc.co.uk/blogs/">Giles Wilson, editor de blogs da BBC</a>, apresentou o case de sucesso que comanda. Com milhões de visitas diárias, os blogs da BBC não são bem blogs, segundo Wilson. A plataforma usada não separa mais um site de notícias de um blog. Maior exemplo disso é o Clarin, jornal argentino. Wilson disse que os blogueiros da BBC seguem o padrão da corporação, buscando uma objetividade e clareza nos textos. Esse, aliás, é um dos fatores do sucesso dos blogs da BBC — e alavanca de qualquer blog que se preste a tal serviço: informar. Blogs como o da BBC preocupam-se, também, com os comentários. Talvez o maior trunfo do jornalismo online, em que os cruzamentes de opiniões tornan-se mais plausíveis.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3215/2848253589_8110283ee9_b.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3215/2848253589_8110283ee9_b.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">António Granado, professor da Universidade Nova de Lisboa</span></span><br /></div><br />Posteriormente, ocorreu o 6o Painel, no qual se discutiu a relação entre as mídias sociais e o jornalismo. Ta aí um assunto que dá pano pra manga. Afinal, a rede que usamos hoje (a web 2.0) se pauta basicamente em participação do usuário (= jornalismo online e redes sociais). Fazendo valer o mote, António Granado apresentou propostas simples e eficazes para o uso das redes sociais pelo jornalismo na internet. Para ele, as redes sociais são um elemento que devem ser entendidos e integrados pelo jornalismo. Existem ótimas ferramentas web prontas para serem usadas, só falta coragem e menos conservadorismo. É uma atitude já tomada em jornais como o NYTimes ou o Washington Post, mas que não ocorre por aqui. Faz parte do tom de rivalidade assumido entre as corporações de mídias brasucas, levantada no Painel 1. Em vez de, por exemplo, linkarem vídeos do youtube ou fotos do flickr, <a href="http://www.interney.net/blogs/inagaki/2007/08/10/estadao_contra_os_blogs/">veículos grandes preferem criticar as novas mídias</a> e <a href="http://www.limao.com.br/">reinventar a roda</a>.<br /><br /><div style="text-align: left;">Caíque Severo, segundo debatedor e diretor de conteúdo do iG, apresentou o MinhaNotícia. Um projeto que, apesar de ter mais de um ano de existência, ainda é beta. A proposta é a publicação de notícias por qualquer pessoa. No caso, elas passam por uma equipe de moderadores. Severo afirmou que na versão que vem por aí do MinhaNotícia o processo de escolha e rankeamento de notícias será mais natural, controlado por uma comunidade. É uma outra estratégia, diferente daquela do iReport — mais escancarada apesar da linha editorial. Falando em linha editorial, Severo nem mencinou <a href="http://arrufosetambores.blogspot.com/2008/09/media-on-seminrio-internacional-sobre.html#links">o embate TSE x iG</a>.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/stycer.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/stycer.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Existem mais 100 Mallu Magalhães, todas fazem boa música?</span></span><br /></div></div><br />O último Painel tinha como título o "Diálogo produção-jornalismo cultural". Dos 3 debatedores, o melhor mesmo veio do mediador, o jornalista <a href="http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/">Maurício Stycer</a>. O correspondente do iG disse uma frase muito boa, para ele o "jornalista cultural tem uma infinita gama de opções [na internet], mas a questão central é ainda se a 'Mallu Magalhães' é boa ou ruim", relembrando o fênomeno do myspace. O trabalho do jornalista cultural, então, fica até mais difícil com os inúmeros profiles no myspace. É preciso uma bagagem cultural pra definir, creio eu, não o que é bom ou o que é ruim — isso não cabe ao jornalista —, mas sim o que vale a pena ser visto, ouvido, enfim, pensado. Sendo assim, o blog é um ponto de partida para o jornalista. E tomara que a cadeira não seja o seu ponto de estada. A propósito, ninguém em nenhum painel levantou esse ponto, contudo, é imprescindível ressaltar que o trabalho do jornalista ainda é um trabalho de campo: físico e, há um bom tempo, virtual.<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;">fotos do blog do <a href="http://mediaon.terra.com.br/2008/blog/">MediaOn</a> e do <a href="http://www.tiagodoria.ig.com.br/">Tiago Dória</a> que, aliás, cobriu o evento pelo seu blog.</span></div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-82239705387658858122008-09-10T20:46:00.000-07:002008-09-10T20:58:23.731-07:00Rabeira Muderna<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.yankodesign.com/images/design_news/2008/09/08/hitch.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://www.yankodesign.com/images/design_news/2008/09/08/hitch.jpg" alt="" border="0" /></a>Pegar rabeira nunca foi tão conceitual. O esquema é esse: super desentupidores de pia que se grudam no carro e você pega a carona.<br /><br />No site do <a href="http://www.robertnightingaledesign.com/">designer, Robert Nightgale</a>, rola até umas dicas.<br /><span style="font-style: italic;"></span><blockquote><span style="font-style: italic;">For best results position yourself at traffic lights, railway stations or air hangers. Subtly wait for the opportune moment (which is precisely 7 seconds before the initial point of acceleration) and attach the product as firmly as possible to the host vehicle (a brief run up usually does the trick), paying attention to ground clearance for ones feet and enjoy the ride…</span></blockquote><br />Transporte de guerrilha? Curti, mas um skate deixaria a aventura mais interessante!<br /><br /><div style="text-align: right;"><a href="http://yankodesign.com"><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">via Yanko Design</span></span><br /></a></div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-66230388761719972762008-09-10T18:44:00.000-07:002008-09-10T20:43:15.070-07:00Media on - Seminário Internacional sobre Jornalismo OnlineEstive hoje no <a href="http://mediaon.terra.com.br/2008/">mediaon</a>, a 2a edição de uma série de painéis sobre jornalismo online. Realizado no Itaú Cultural, o evento é basicamente composto por painéis de discussão e seminários (e algumas oficinas inexistentes), reunindo principalmente gente com relevância nas corporações midiáticas.<br />A parte o atraso e a falta de informações básicas (confirmação, oficinas, etc.) o que vi hoje foi uma reunião que põe em pauta um tema alardeado por todos, mas que poucos querem por a mão. De um lado, a academia, pra qual jornalismo online o assunto ainda é um pântano: nebuloso, lamacento e cheio de armadilhas. Do outro, o mercado, que busca um jornalista online com crise de identidade: não sabe o que faz, quanto faz, ou mesmo se é só online.<br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/rosenblum1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px;" src="http://mediaon.terra.com.br/2008/wp-content/uploads/rosenblum1.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Tas e Rosemblun na abertura do envento</span></span><br /></div><br />O primeiro painel contou com o mediador <a href="http://www.blogdoalon.com.br/">Alon Feuerwerker</a> (editor de política do Correio Braziliense e blogueiro), e os debatedores Bob Fernandes (editor do <a href="http://terramagazine.terra.com.br/">Terra Magazine</a>) e Ricardo Feltrin (colunista da Folha e editor-chefe da <a href="http://folhaonline.com.br/">Folha Online</a>). Juntando a fome com a vontade de comer, o assunto eleições brasileiras e web não poderia vir em melhor hora, vide a <a href="http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u419644.shtml">última decisão do TSE</a> que restringe o conteúdo sobre eleições na internet.<br /><br />O debate, que frequentemente descambava pra política e legislação, explicitou uma opinião bem sensata: <span style="font-weight: bold;">a internet é um espaço democrático e a nova lei do TSE vai de encontro a isso.</span><br /><br /><div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3097/2786958561_804f3dbf89_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3097/2786958561_804f3dbf89_o.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >Eleições digitais?</span><br /></div><br />Bob Fernandes lembrou que alguns senhores, como o <a href="http://200.226.127.23/artigos/qtv080820012.htm">Sarney no MA, Collor em AL</a> e, por que não, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=mgbdpM09ysk">Aécio Neves em MG</a> detêm direitos sobre radiodifusoras — mesmo que escusos. É um nem tão novo coronelismo, não menos nocivo do que os de antigamente. Um "coronelismo medial" que Ninguém cutuca (com N maiúsculo, são cargos do alto escalão). Não posso deixar de mencionar que a internet não é uma concessão: ela esta aí pra quem pode e quer falar, ler, gritar. A medida do TSE é proibitiva e trata a rede como um teco do espectro radiodifusor. Um teco de algumas milhões de toneladas informacionais, impossíveis de serem controladas. Ainda bem, pois, como falou Bob, "no fim das contas a lei será descumprida". Legislação, aliás, é o que falta para a internet — e não uma censura velada baseada num código inaplicável, até então, ao ciberespaço.<br /><br />Nessa esteira de ficção (essa lei bem que podia ser do 1984), Ricardo Feltrin disse que "nunca se sentiu tão cerceado". Feltrin ressaltou a pressão que se faz sobre o jornalismo político: ora é o Estado, ora os Partidos, ora o próprio usuário — comentadores mandados, pagos, trolls, típicos da rede. Digo que é bem verdade que o jornalismo está mais pra um pitbull rosnando pra tudo quanto é político. Contudo, quando essas pressões ameaçam empurrar para baixo o lucro das empresas de mídia, jornalista vira poodle e a corporação ainda põe coleira pro senador ou o que for acariciar. Feltrin disse bem ao afirmar que "essas forças [as pressões] precisam mudar, senão muda o jornalismo". Completo dizendo que também precisa mudar a postura das empresas e conglomerados de mídia — mas isso é mais difícil que político falando a verdade.<br /><br />Depois mais comentários sobre os outros painéis e sobre o segundo dia do evento.Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-5080212006417195762008-08-09T12:24:00.000-07:002008-08-09T12:33:03.487-07:00Pergunta:nos jogos olímpicos de Pequim eles usam material esportivo <span style="font-style: italic;">made in china</span>?<br /><br />Enquanto você pensa, não deixe de ver as imagens da Anistia Internacional para as Olimpíadas. Ao que parece, elas <a href="http://oglobo.globo.com/esportes/olimpiadas2008/mat/2008/08/07/anistia_proibe_imagens_de_comercial_que_relaciona_esportes_olimpicos_com_tortura-547613565.asp">vazaram na rede</a>.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3113/2721870337_045cb1b7fb_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3113/2721870337_045cb1b7fb_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3237/2721870703_3b4fac43bc_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3237/2721870703_3b4fac43bc_o.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3213/2722694472_0d2d626aa1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3213/2722694472_0d2d626aa1.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm4.static.flickr.com/3127/2722693868_5b9db5d224_o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px;" src="http://farm4.static.flickr.com/3127/2722693868_5b9db5d224_o.jpg" alt="" border="0" /></a>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-67095565242689740542008-08-08T22:59:00.000-07:002008-08-09T00:06:04.624-07:00Democracia e a mesmice dos novos tempos da política<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm2.static.flickr.com/1135/1438125479_6fe70cd02c.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 494px; height: 369px;" src="http://farm2.static.flickr.com/1135/1438125479_6fe70cd02c.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Eleições chegando, trazendo consigo o desgostoso e embolorado engodo do poder está nas suas mãos. Não passa da ludibriação da democracia, amalgamada aqui numa lavagem suína (e pré-cerebral) para que seja concebida como sinônimo de voto. Votar é legal — e, para a maioria, obrigatório, mas isso é detalhe.<br /><br />Vote, adolescente de 16 a 18 anos sem oportunidades de boa educação, que dirá de bons empregos; vote, senhor velhinho que faz da sua aposentadoria tripas coração para comprar remédios e manter o coração e as tripas; vote, você aí dessa cidade afastada, essa sem luz, água, saneamento e uma câmara pra lá de requintada e confortável; e vote você também, que, numa condução lotada, se locomove todos os dias da periferia para o centro e vice-versa, afinal, no dia da votação você vota aí pertinho de casa, numa escola (ou aquilo que se propõe a sê-la).<br /><br />Pelo menos dá pra achar graça, caso você seja brasileiro. Se você levar na esportiva, até consegue dar uma risada aqui, um comentário feliz acolá, mas nada de mais. Se você levar a sério, sim, você racha o bico. É quando você diz "tem que rir pra não chorar!", tamanha a graça da desgraça em que estamos envoltos. Aliás, o anedotário da propaganda política, assaz hype e antenado, vem acopanhando a rede e vem se mostrando tão criativo quanto no meio televiso.<br /><br />Porque na internet, você tem <a href="http://www.grampinhonao.com/">interatividade.</a><br /><br />Na web você conhece seu candidato até na mais íntima <a href="http://http//www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u426135.shtml">roupa suja! </a><br /><br />E na world wide web você também descobre que é <a href="http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2008/07/30/ult4728u14152.jhtm">tudo muito rápido, tudo muito veloz.</a><br /><br />Sem esquecer de como a política está por <a href="http://johnkstuff.blogspot.com/2008/08/americas-best-in-rubber.html">todos os lados</a>.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1mlZlWRPHj-HlxGUQndbuK-gQdsCPct5mg4Gfn-Ua6qtBOEmm7KE9atakpqTyvnVyt6q66TTHL7xqrb2IVo4Y6LtgGpMSfqnLJb2MOcOwYVamF5tKLRW9e4yX-ZHgZJiNB_63dvyjYOY/s400/get-attachment-7.jpeg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1mlZlWRPHj-HlxGUQndbuK-gQdsCPct5mg4Gfn-Ua6qtBOEmm7KE9atakpqTyvnVyt6q66TTHL7xqrb2IVo4Y6LtgGpMSfqnLJb2MOcOwYVamF5tKLRW9e4yX-ZHgZJiNB_63dvyjYOY/s400/get-attachment-7.jpeg" alt="" border="0" /></a><br /><br />Além de tudo, é versátil:<br /><div align="center"><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Q2M4fk6oNmk&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/Q2M4fk6oNmk&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object></div><br /><br />Pois se a política, para esse senhores e senhoras, pode ser tudo isso (e mai$ um pouco), porque a democracia se restringiria ao voto? Democracia vai além de muita campanha e 5 dígitos. Democracia é a voz uníssona e constante de pessoas que gritam para terem as suas necessidades atendidas e respeitadas; nem sempre são as melhores precisões, mas é assim que se caminha para esse tal melhor. Que interessa? A essa orquestra não estamos acostumados. O que toca em loop por aqui é a Ode a Charlamentarismo.<br /><br />Por causa desse post eu até lembrei dum grifo meu num livro. É de um antigo jornalista francês, Prosper-Olivier Lissagray, sobre a Comuna de Paris — provavelmente o único movimento revolucionário que deu, realmente, poder ao povo:<br /><span style="font-style: italic;"><br /><blockquote>Em 1848 disseram ao povo: "O sufrágio universal torna toda insurreição criminosa; o voto substitui o fuzil." E, quando o povo vota contra os seus privilégios, eles se encolerizam; todo governo é faccioso se levar em conta a vontade popular. O que resta ao povo, se não o argumento peremptório, a força? Ele por fim a tem.<br /><br /></blockquote></span><span style="font-size:85%;">*foto do flickr do </span><a href="http://www.flickr.com/photos/jaumedurgell/"><span style="font-size:85%;">Jaume d'Urgell.</span><br /></a>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-84905933114799266192008-08-04T21:12:00.000-07:002008-08-04T21:52:07.297-07:00Ajudar o peixe...<span style="font-family:arial;">Vá, nem é uma das melhores músicas do Billy Idol. Ou melhor dizendo, nem é um dos melhores hits do pai do Supla — pobre (ou não) coitado que só se fez de hits após o Generation X. O que pegava nessa música era o refrão: </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >ajudar o peixe</span><span style="font-family:arial;">... Tinha gente que até apelava e emendava aí o backin' vocal: </span><span style="font-style: italic;font-family:arial;" >feche os olhos e vááá.<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/SpmWIyjilQo&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/SpmWIyjilQo&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><br /></span><span><span style="font-family:arial;">Nesse caso é uma transliteração do som muito bem sucedida. Afinal, duvido que você escute outra coisa que não seja a súplica ao peixe; caso contrário você sabe a letra — e não vai ser eu quem vai escrever ela aqui!</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">O cômico é que criaram um site pra isso. </span><a style="font-family: arial;" href="http://kissthisguy.com/">Kissthisguy.com</a><span style="font-family:arial;"> só reúne essas confusões entre o que foi ouvido e o que foi escrito. Às vezes a diferença nem é tanta — principalmente em se tratando de profundidade poética —, mas o engano não deixa de ser engraçado.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A começar pela f*dida Purple Rain, cujo verso (Excuse me, while I kiss the sky) dá nome ao site. Ali tem mais um monte.</span><br /><span style="font-family:arial;">O Rock the Casbah do Clash virou Lock the Taskbar. O wannabes (de Pretty Fly for a White Guy) do Offspring virou one-eyed peas. Enquanto isso, o drama do REM, It's me in the corner/It's me in the spotlight, dá lugar à chanchada Let's pee in the corner, let's pee in the spotlight.</span><br /><br /><span style="font-family:arial;">A língua do Tio Sam — e a nossa também — é cheia dessas malandragens (mode boça). De vez em quando dá nisso e noutros:<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cUEkOVdUjHc&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><embed src="http://www.youtube.com/v/cUEkOVdUjHc&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><span style="font-style: italic;"><br /><span style="font-size:85%;">Último vídeo do anderssaruo.com</span></span></span></span><br /><br />----------------<br />Now playing: <a href="http://www.foxytunes.com/artist/stan+getz%2c+jo%c3%a3o+gilberto%2c+astrud+gilberto/track/o+pato">Stan Getz, João Gilberto, Astrud Gilberto - O Pato</a><br />via <a href="http://www.foxytunes.com/signatunes/">FoxyTunes</a>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-91855639481631704002008-04-23T20:11:00.000-07:002008-04-23T20:25:16.296-07:00A humanidade de um homem só<div align="justify"> </div><div align="justify">*Resenha do filme O Pagador de Promessas (Ficha Técnica na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pagador_de_Promessas_%28filme%29">Wikipédia</a>)*</div><div align="justify"><em><br>O Pagador de Promessas é um clássico que merece ser tratado como tal</em></div><div align="justify"><br>A Palma de Ouro conquistada por O Pagador de Promessas, em 1962, não foi um prêmio apenas pro cinema nacional. Foi uma vitória pra toda produção cultural do país, em especial a literatura. Pois, em se tratando dela, O Pagador de Promessas remete a grandes nomes. O início do filme já lembra a aridez de Graciliano Ramos: o trajeto no qual um homem carrega uma cruz é alçado a epopéia devido à trilha sonora magnânima e às tomadas incomuns para a época. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 190px; CURSOR: hand; HEIGHT: 255px; TEXT-ALIGN: center" height="305" alt="" src="http://diariodonordeste.globo.com/imagem.asp?Imagem=268406" border="0" /> <p align="justify">O tempo, aliás, é um dos fatores que dá o tom do conflito no filme. Acompanhado unicamente por sua esposa, Zé-do-Burro carrega uma cruz até a Igreja de Santa Bárbara, a fim de pagar uma promessa. Os dois se vêem numa Salvador com automóveis, jornais, pessoas de todos os tipos e interesses — algo que vai além da vida no sertão trespassada na atuação da dupla Leonardo Villar (Zé-do-Burro) e Rosa (Glória Menezes). A Salvador de O Pagador de Promessas pode ser moderna, mas, até certo ponto, conserva seu ar colonial. Foi lá onde viveu e escreveu o Boca do Inferno. É lá onde ainda há espaço para o escárnio e a sátira. Todo um cenário de Gregório de Mattos é retratado: os aproveitadores e malandros que surgem em cada degrau da escadaria da Igreja; as autoridades, que são vistas simultaneamente com maus olhos e temeridade (aí também um quê de Graciliano Ramos); o sincretismo religioso, que pulula em cada seqüência — para Zé-do-Burro, Iansã é Santa Bárbara.<br /><br />A película, originalmente uma peça, parece ter sido muito bem adaptada até metade de sua projeção. Após, isso, contudo, a linguagem cinematográfica por vezes é prejudicada em detrimento às características da peça. Os personagens surgem e reaparecem sem continuidade, a trama torna-se muito dedutiva. Felizmente, a ótica do cinema prevalece nos planos. O diretor, Anselmo Duarte, aproveita bem o cenário sem torna-lo constante. Cada cena tem uma apreensão diferente, seja no movimento da câmera ou em takes estáticos. </p><p align="justify">Em uma dessas cenas, Zé-do-Burro sobe a escadaria junto do padre, dialogando longamente sobre a promessa. O padre, como outros personagens do filme, quase não é nomeado. É um artifício antigo, mas eficiente a fim de transpor o regional a um âmbito global. Os tipos soteropolitanos tem resquícios da humanidade, assim como se faz na literatura de cordel, vertente tipicamente nordestina. Aproveitar esse aspecto foi uma idéia de Dias Gomes, mas muito bem aproveitada aqui, o que não ocorre sempre. É o caso do filme Alto da Compadecida, peça escrita por Ariano Suassuna. Nela, a figura do nordestino João-Grilo, quando retratada na película, cai no estereótipo.</p><br /><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 281px; CURSOR: hand; HEIGHT: 216px; TEXT-ALIGN: center" height="191" alt="" src="http://www.bahia-online.net/images/pagador-de-promessas.jpg" border="0" /><br /><div align="justify">O esterótipo e o paradigma são características que também aparecem em O Pagador de Promessas. Não se pode acusar o filme, contudo, de cair no comum. A cena final é quase super-realismo. Ali a projeção se amarra a Guimarães Rosa, mas, principalmente, ao livro mais antigo do mundo: a Bíblia. Porém, possuir resquícios de outras obras não é o maior mérito de O Pagador de Promessas — nem tão pouco ter ganhado mais três prêmios internacionais. O grande trunfo de O Pagador de Promessas é contar a história do homem brasileiro sem deixar de ser um homem do mundo, daqueles que se vê em qualquer lugar: entre a cruz e a espada.</div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-36178699370708969422008-04-22T10:30:00.000-07:002008-04-22T20:09:12.473-07:00Informação: o excesso e como mantê-la, na Wired<span style="font-family:arial;">Dois bons artigos da Wired.<br /><br />Um sobre o <a href="http://www.wired.com/medtech/health/magazine/16-05/gs_myths">cérebro e seus mitos</a>. Vale a pena ler as dicas sobre como mantê-lo "em dia": inclui ouvir música, fazer cruzadinhas e comer peixe.<br /><br />A outra é sobre como a <a href="http://blog.wired.com/business/2008/04/web-20-expo-pre.html">web 2.0</a> deixou de ser a panacéia para os problemas online e passou a ser a maior parte desses problemas: excesso de informação.</span>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-44175513845618987972008-04-21T20:56:00.000-07:002008-04-21T21:34:56.837-07:00Feriado serve pra essas coisas<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Nem só de viagem pro litoral ou shopping se faz o feriado do paulistano. Faz-se também de alegria por não ter de pegar trânsito, como deu pra sentir na vazia Av. Brasil, sentido Ibirapuera, nesta segunda.<br /><br /></span><a href="http://www.mam.org.br/exposicoes/cartaz/index.php?sala=1"><em><span style="font-family:arial;">Quando Vidas se Tornam Formas: Diálogo com o Futuro - Brasil/Japão </span></em></a></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><span style="font-family:arial;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5191920839628992946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcPx6div1qZoEbgh64uFGWAl38iLCcqUO7DX5Nk2RFZuaP3SZPxRYdCp5UmGbZMxYAfnz7-gTdF_u7ut1tnYJ8eCztGjW42AE78Ig8TNeJ_y6baTmbpHokymmtWJ8bc1RSQgGaMMWfdlc/s320/Imagem+016.jpg" border="0" /> </span><p align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">A minha primeira impressão foi a de que faltava propósito a tudo aquilo. É claro que estamos no ano do centenário da imigração japonesa e bla bla etc e tal. O que seriam, então, aqueles amontoados de plantas na primeira sala? Arte contemporânea? Vá lá... Isso só não pode ser desculpa pra achar relações onde nem existem.<br /><br />Felizmente, ao fim da exposição a falta de propósito até foi suprida, mas ainda assim de maneira difusa, vaga. </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-C2Kt0ocYI3yPJRJblmWfI72pBQKE-n4rfplxUyG0dCTlGimPq3iuCdaXmSyhH_8o5GNqFlVF3FBiUi8EteGO6bXk-EmvY_IuUOP2V5eHt7c8LHCpC3m7FEcjfV2WsJjYKed2dLVFxlI/s1600-h/Imagem+014.jpg"><span style="font-family:arial;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5191921226176049602" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" height="310" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-C2Kt0ocYI3yPJRJblmWfI72pBQKE-n4rfplxUyG0dCTlGimPq3iuCdaXmSyhH_8o5GNqFlVF3FBiUi8EteGO6bXk-EmvY_IuUOP2V5eHt7c8LHCpC3m7FEcjfV2WsJjYKed2dLVFxlI/s320/Imagem+014.jpg" width="231" border="0" /></span></a><span style="font-family:arial;"><br /><br />Como pude ler em off (não, isso não existe), a exposição tenta mostrar as interfaces entre a arte moderna, pós-moderna e/ou contemperânea aqui do Brasil e do outro lado do mundo. Isso por vezes é até alcançado: a arte d'osgêmeos (onipresentes) lembra a toy art; o look da Isabela Capeto tem reminescências em Tóquio — até porque as "reminescências de Tóquio são a moda global.<br /><br />O problema talvez tenha sido a disposição das obras e instalações — que jargão mais eng. civil. O caminho era confuso e por vezes não levava o espectador a imaginar os estreitamentos existentes entre o que se faz lá e o que se faz cá. Isso, de maneira alguma, joga a exposição no lixo. Algumas instalações são bem interessantes, como aquela que diz que "Pode causar vertigem", ou a colagem (se não for colagem, me perdoem) da Beatriz Milhazes.<br /><br />Assim, fica a dica (não imperativa): vá. Comece pela sala 2 e passe pela sala 1.<br /><br />* Mais fotos no <a href="http://www.flickr.com/photos/_fm/">flickr</a> que agora há pouco resolveu não abrir. </span></p>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-279575385442438338.post-29517075879576887922008-04-21T09:52:00.000-07:002008-04-21T10:37:55.642-07:00Rave do eu sozinho e um pouco mais<div align="right"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://farm3.static.flickr.com/2280/2424568690_5fe3d29265.jpg?v=0" border="0" /> <span style="font-family:arial;">Foto no </span><a href="http://www.flickr.com/photos/22882051@N02/"><span style="font-family:arial;">flickr da lucy.aboytes</span></a> <div align="right"></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><br>Aconteceu a </span><a href="http://newyork.going.com/invite-26176;Silent_Rave_New_York"><span style="font-family:arial;">primeira rave sem música em Nova York</span></a><span style="font-family:arial;">. O evento, que já se realizou na Europa, ocorreu na Union Square. Uma multidão de jovens dançando com cada um escutando à playlist do seu iPod.<br /><br />Não vá pensando que é só chegar e dançar. O negócio tem uma série de regrinhas para deixar a "vibe" mais coletiva possível. Pra muitos é algo retardado. Eu vejo mais como uma metáfora que todos os participantes compram. Com tudo cada vez mais individual a necessidade pelo outro recrudesce. Haja vista, por exemplo, o </span><a href="http://www.tiagodoria.ig.com.br/2008/04/09/conheca-o-primeiro-espaco-de-coworking-do-brasil/"><span style="font-family:arial;">coworking</span></a><span style="font-family:arial;">. Todo mundo quer se sentir mais social nesse mundo de metaverso.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;"><em>* Pauta 2<br /></em><br />E a Virada Cultural chegando, hein. presença confirmada no Mundo Livre SA, no Sick Sick Sinners, no Orquestra Imperial e no Ultraje a Rigor. Vai ter muito pano pra manga. E quem sabe algumas surpresas (boas, espero!)<br /><br /><em>* Pauta 3</em><br /><br />O </span><a href="http://lucioribeiro.blig.ig.com.br/"><span style="font-family:arial;">Lúcio Ribeiro </span></a><span style="font-family:arial;">e seus rumores. Diz ele que podem aterrisar por aqui Joss Stone, Megadeth, Guns, Red Hot, Madonna — e isso é só o primeiro parágrafo.<br /><br />Pelo sim — Overcoming Folk Trio na Virada vai tocar — e pelo não — Rage Against the Machine, como ele disse há um tempo — é bom economizar uma grana.</span></div></div>Felipe M. Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/14358605640699947703noreply@blogger.com2